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quarta-feira, 21 de maio de 2025

Objectivos e temas para o 1º ciclo

Objectivos para o Primeiro Ciclo 

Aumentar e consolidar conhecimentos sobre:
• Diferentes componentes anatómicas do corpo humano
• Fenómenos de discriminação social baseada nos papéis de género
• Mecanismos básicos de reprodução humana (elementos essenciais da gravidez, contracepção e parto)
• Cuidados necessários ao recém-nascido e à criança
• Significado afectivo e social da família, relações de parentesco e modelos familiares
• Adequação do contacto físico nos diferentes contextos de sociabilidade
• Abusos sexuais e outras agressões

Desenvolver atitudes de:
• aceitação das diferentes partes do corpo e da imagem corporal
• aceitação positiva da sua identidade sexual e da dos outros
• reflexão face aos papéis de género
• reconhecimento da importância das relações afectivas na família
• valorização das relações de cooperação e de interajuda
• aceitação do direito de cada pessoa decidir sobre o seu próprio corpo

Desenvolver competências para:
• expressar opiniões e sentimentos pessoais
• comunicar acerca de temas relacionados com a sexualidade
• cuidar, de modo autónomo, da higiene do seu corpo
• envolver-se nas actividades escolares e para a sua criação e dinamização
• actuar de modo assertivo nas diversas interacções sociais (com familiares, amigos, colegas e desconhecidos)
• adequar as várias formas de contacto físico aos diferentes contextos de sociabilidade
• identificar e saber aplicar respostas adequadas em situações de injustiça, abuso ou perigo e saber procurar apoio, quando necessário.

©APF Adaptado de Educação Sexual em Meio Escolar: linhas orientadoras/ Ministério da Saúde,
Ministério da Saúde e APF. Lisboa, 2000.

1º ciclo | Áreas da Educação Sexual

Área 1: O meu corpo
Tema 1: Anatomia e Fisiologia
Tema 2: Concepção, gravidez e parto

Área 2: Sexualidade e Relações Interpessoais
Tema 1: Género
Tema 2: Sentimentos, gostos e decisões
Tema 3: Os diversos tipos de relações
Tema 4: Abusos sexuais
Tema 5: Competências relacionais

Área 3: Expressões da sexualidade
Tema 1: Papéis sexuais
Tema 2: As famílias

Área 4: Saúde Sexual e Reprodutiva
Tema 1: Higiene e Saúde

1º ciclo | Áreas da Educação Sexual - Área 1: O meu corpo

Justificação

Nesta faixa etária, as crianças apresentam uma grande curiosidade pelos temas sexuais. As características do seu pensamento manifestam-se no interesse pelo seu próprio corpo e pelas diferenças relativas ao outro sexo (Sánchez, 1999) e à sexualidade dos adultos (Marques, 2000).

Depois da preocupação com o seu corpo, a sua curiosidade cristaliza na curiosidade sobre a origem das pessoas, fazendo com que procurem obter informações sobre a sua origem. Deve dar-se resposta às dúvidas das crianças, sempre com sinceridade, com verdade e partindo das suas concepções prévias (Espinosa, 1999b). Isto porque, a forma como a sexualidade da criança irá evoluir, está intimamente relacionada com as respostas que serão dadas às suas perguntas e ao seu comportamento perante a descoberta de um corpo sexuado (Marques, 2000).

Assim, pretende-se que as crianças obtenham conhecimento e aprendam a valorizar o corpo, dando importância a todas as diferentes partes deste, sem excepção, devendo realçar-se os aspectos positivos de cada pessoa e promover a auto-estima positiva. Para além disso, a abordagem do corpo deverá também centrar-se na compreensão dos mecanismos da reprodução humana, nomeadamente na concepção, na gravidez e no parto (Forreta, 2002).

As actividades que serão apresentadas de seguida, pretendem ajudar as crianças a conhecer o seu próprio corpo, as diferenças físicas entre meninos e meninas e aquelas, mais visíveis nas pessoas adultas, para que possam adquirir progressivamente uma concepção de corpo como fonte de sensações, comunicação e prazer (Espinosa, 1999b).

Objectivos pedagógicos

Alcançar conhecimentos sobre:

O corpo que cresce e que sofre transformações ao longo do desenvolvimento humano;

As diferenças anatómicas ente o corpo do rapaz e da rapariga;

A existência de diferenças físicas individuais;

A existência de semelhanças físicas individuais;

O corpo, enquanto fonte de sensações, comunicação e prazer;

O processo básico de concepção, gravidez e parto.

Trabalhar atitudes:

De valorização do corpo, como fonte de sensações, comunicação e prazer;

De aceitação do seu corpo e das funções do mesmo;

De reconhecimento das diferenças físicas individuais, sem conotações discriminatórias;

De reconhecimento da sexualidade como fonte de prazer, comunicação, afectividade e com função de reprodução.

Trabalhar e constituir competências para:

Entender a evolução do próprio corpo e do corpo humano, em geral;

Perceber a sua origem e o processo associado à origem dos outros;

Utilizar, de forma consciente, o corpo como meio de comunicação

Objectivos e temas 2º e 3º ciclos

2º ciclo | Áreas da Educação Sexual

Área 1: O corpo sexuado
Tema 1: Anatomia e fisiologia
Tema 2: Concepção, gravidez e parto
Tema 3: Mudanças pubertárias
Tema 4: Imagem corporal

Área 2: Identidade e Sexualidade
Tema 1: Auto-estima
Tema 2: Género
Tema 3: Sentimentos, gostos e decisões

Área 3: Sexualidade e Relações Interpessoais
Tema 1: Abusos sexuais
Tema 2: Competências relacionais

Área 4: Sexualidade e Sociedade
Tema 1: Papéis sexuais
Tema 2: As famílias

Área 5: Saúde Sexual e Reprodutiva
Tema 1: Higiene e Saúde

Objectivos para os Segundo e Terceiro Ciclos e Secundário

Aumentar e consolidar conhecimentos sobre:
• Várias dimensões da sexualidade
• Corpo sexuado e órgãos
• Componentes anatómico-fisiológicas e psicológicas da resposta sexual humana
• Mecanismos de reprodução e contracepção
• Ideias e valores implícitos na sexualidade, amor, reprodução e relações entre séculos ao longo da história
• Problemas associados à saúde sexual e recursos existentes nesta área

Desenvolver atitudes de:
• Aceitação positiva do corpo sexuado, do prazer e afectividade
• Não sexistas e defensoras da igualdade de direitos
• Aceitação e não discriminação face às orientações sexuais
• Preventivas em matéria de saúde sexual e reprodutiva

Desenvolver competências para:
• Aumento da capacidade de tomar decisões e recusar comportamentos não
desejados
• Aumento das capacidades de comunicação
• Aquisição de vocabulário adequado
• Pedir ajuda e identificar recursos


Saúde Sexual e Reprodutiva
Adaptado de Educação Sexual na Escola: guia para professores, formadores e educadores/ Alice Frade [et al.] . Lisboa: Texto, 2001.

1º ciclo | Áreas da Educação Sexual - Área 4: Saúde Sexual e Reprodutiva

Justificação

A sexualidade está intimamente relacionada com a saúde, já que esta se entende como fomentadora do desenvolvimento óptimo do bem-estar da pessoa e da comunidade (Espinosa, 1999a).

Nesta faixa etária, as crianças começam a dar mais importância às experiencias alheias, preocupando-se com o facto de poderem ser afectadas por situações idênticas às que atingem os outros (CNLCS, 2002).

Assim, na Educação Sexual deve também dar-se destaque, aos hábitos básicos de cuidado corporal e de bem-estar geral, o que passa pelas horas de sono, de televisão e tempo de lazer, dentro de uma visão integral e positiva do que significa o nosso corpo (Espinosa, 1999b).

Desta forma, a criança será capaz de adquirir progressivamente uma concepção de corpo como fonte de sensações, comunicação e prazer (Espinosa, 1999b).

Objectivos pedagógicos

Alcançar conhecimentos sobre:

Os cuidados a ter com o corpo;

Hábitos de higiene;

Necessidades básicas de alimentação, sono e afecto.

Trabalhar atitudes:

De valorização das práticas que favorecem o desenvolvimento são do corpo;

De reconhecimento da importância de hábitos de higiene e satisfação das necessidades básicas de alimentação, sono e afecto.

Trabalhar e construir competências para:

Colocar em prática hábitos de higiene e de bem-estar corporal.

1º ciclo | Áreas da Educação Sexual - Área 3: Expressões da sexualidade

Justificação

Na identidade sexual, já parcialmente trabalhada no ponto II, para além das questões relacionadas com o género, inscrevem-se as questões relacionadas com os papéis sexuais (Forreta, 2002).

Os papéis sexuais estão presentes ao longo de toda a vida e, ao contrário da identidade sexual, mudam de acordo com as mudanças sociais e com as novas competências que vão sendo adquiridas, (Badinter, 1993; Calderone, 1979; Félix, 1995; López & Fuertes, 1999; Zapian, 2001, referidos por Félix, 2002). É nas mudanças sociais que os educadores (pais, educadores e professores) têm um papel importante (Félix, 2002), devendo questionar-se as características consideradas culturalmente como próprias de um ou outro sexo, procurando não as reforçar. Ao mesmo tempo, deve procurar-se desenvolver actividades de compensação que contribuam para eliminar estas atitudes e comportamentos discriminatórios (Espinosa, 1999b), transmitindo valores e atitudes igualitários (Villegas, 1993).

Por sua vez, a família assume-se como a instância social com o papel mais determinante no desenvolvimento e na educação da sexualidade da criança, quer pela importância dos vínculos afectivos entre filhos e pais, quer pela influência destes como modelos de observação quotidiana (Marques et al., 2000).

Assim, o desenvolvimento da sexualidade dependerá da interacção entre as motivações internas e os relacionamentos interpessoais, mas será também fortemente influenciada pela forma como é vivido o quotidiano familiar na esfera afectiva-sexual (Sampaio et al., 2007).

A forma como este quotidiano é vivido em cada família, dependerá em primeira instância do tipo de família e das teias relacionais que dentro dela se estabelecem. Deste modo, será importante abordar as diferentes tipologias de família existentes em cada grupo de crianças, procurando aceitá-las e valorizá-las.

Partindo da realidade familiar de cada criança, deverá também ser promovido o conhecimento das várias profissões, a sua valorização social, o questionamento do “género “ das mesmas e o reconhecimento do trabalho doméstico (Espinosa, 1999b).

Objectivos pedagógicos

Alcançar conhecimentos sobre:

Os papéis sexuais;

As divisões sexuais do trabalho e das tarefas domésticas;

As famílias.

Trabalhar atitudes:

De reconhecimento da importância das capacidades, qualidades pessoais e preferências na escolha de uma profissão, em detrimento do género;

De reconhecimento do trabalho doméstico como uma tarefa colectiva;

De reconhecimento e aceitação das diferentes formas de estrutura familiar existentes.

Trabalhar e construir competências para:

Escolher uma profissão, conscientemente e livre de estereótipos sexuais e de género;

Colaborar nas tarefas domésticas e familiares;

Cooperar em ambiente familiar e valorizar os vários tipos de famílias existentes.

1º ciclo | Áreas da Educação Sexual - Área 2: Sexualidade e Relações Interpessoais

Justificação

A primeira fase do processo de sexualização caracteriza-se pelo desenvolvimento da identidade, enquanto pessoa pertencente a um determinado sexo – homem ou mulher (Félix, 2002). Esta identidade de género é constantemente influenciada pela sociedade (Marques et al., 2000) e, resulta de uma série infindável de fenómenos culturais e de experiências. Experiencias com os familiares e com os pares, em que as características biológicas interagem com uma série de estímulos, de modo a definir o género (Sadock, 2005, referido por Sampaio et al., 2007).

Também a afectividade é considerada como uma das componentes essenciais de uma sexualidade responsável (Sampaio et al., 2007). Como tal, deverão ser trabalhadas as relações interpessoais, ao mesmo tempo que se procura a valorização dos afectos e expressões de sentimentos que ligam as crianças aos outros. Ao fazer-se isso, estarão a desenvolver-se competências sociais de integração e de relacionamento positivo com os outros (Forreta, 2002).

De facto, a componente relacional assume-se como uma componente estruturante, para o exercício pleno da sexualidade individual. Assim, segundo Villegas (1993), é importante que pensemos nas nossas relações com os outros, para aprendermos a comunicar os nossos desejos e sentimentos, a dizer o que nos agrada e não agrada.

O abuso sexual de crianças é descrito por Bagley e King (1990) (referidos por APPEPASC, 2006), como sendo o maior problema de saúde mental do momento, já que este provoca consequências arrasadoras nas suas vítimas. Daí, que a melhor forma de reduzir essas consequências passe pela prevenção dos abusos.

Desta forma, será imprescindível promover que as crianças sejam capazes de distinguir os diferentes tipos de toques por parte dos adultos, reconhecer quando estes são invasivos e impróprios e serem capazes de contar a alguém a ocorrência do abuso (APPEPASC, 2006).

De seguida, será apresentado um conjunto de actividades que pretendem ajudar as crianças a obterem um reconhecimento positivo da sua identidade de género, a expressarem os seus sentimentos e emoções nos diversos tipos de relações interpessoais. Para além disso, pretendem optimizar as suas competências relacionais e a sua capacidade para prevenir o abuso sexual e lidar com um possível abuso.

Objectivos pedagógicos

Alcançar conhecimentos sobre:

A identidade de género,

As emoções e os sentimentos;

Os diferentes tipos de toques por parte dos adultos e pares;

O que fazer em caso de abuso;

Os vários tipos de relações interpessoais;

As formas adequadas de relacionamento interpessoal, em vários contextos.

Trabalhar atitudes:

De reconhecimento positivo da sua identidade de género;

De partilha de vivências pessoais com o grupo;

De reconhecimento dos tipos de contacto interpessoal, adequados e inadequados, por parte de adultos e pares;

De busca activa de ajuda, em caso de abuso;

De interacção social, através da cooperação no grupo.

Trabalhar e construir competências para:

Expressar de forma saudável a sua identidade de género;

Identificar expressões emocionais e efectuar sua associação a sentimentos;

Identificar e exprimir o próprio estado de espírito;

Reconhecer e agir de forma activa, nos casos de abuso;

Adequar as várias formas de interacção nos diferentes contextos de sociabilidade.

2º ciclo | Área 2: Identidade e Sexualidade Tema 1 : Auto-estima

Justificação

A auto-estima refere-se à percepção avaliativa que cada um faz de si próprio, o que poderá originar uma auto-estima "saudável´"´, situada no centro de um processo contínuo cujas extremidades são a subvalorizaçõo e a sobrevalorização.

O tratamento do tema pressupõe atitudes por parte dos adultos que fomentem e favoreçam o diálogo e considerem com seriedade os ideiais dos adolescentes. Importa contribuir para que cada aluno/a se percepcione de forma realista e positiva, possibilitando a descoberta dos seus recursos pessoais, para serem apreciados e utilizados devidamente, e das suas dificuldades, para serem aceites e superadas na medida das suas possibilidades.

Nestas idades, os pré-adolescentes começam a preocupar-se com as primeiras mudanças pubertárias e com o facto de estarem ou não a ter um desenvolvimento "normal", o que faz com se compararem aos outros da mesma idade, por julgarem que se forem como os outros é sinal que está tudo a correr bem. também, dentro do seu grupo de iguais, começam a sofrer pressões para se adaptarem às normas ou padrões idealizados e perante o mundo dos adultos se confrontam com dificuldades em desenvolver as suas novas capacidades intelectuais. Todas estas situações desencadeiam, com frequência, insegurança e ansiedade, com reflexos na auto-estima.

A auto-estima compreende os seguintes aspectos:

Cognitivo - percepção que cada um tem de si mesmo no que respeita ao aspecto físico, às emoções, aos conhecimentos,..., ou seja, à sua auto-realização
Emotivo - o que a pessoa sente relativamente a si mesma: se com afecto ou com indiferença ou com hostilidade;

Comportamental - como é que a pessoa se comporta relativamente a si própria: se tem respeito por si própria, se cuida da sua saúde, se satisfaz as suas necessidades, etc.

O aumento da auto-estima pressupõe que cada pessoa adopte atitudes e comportamentos de apreciação de si própria e de aceitação dos seus limites, fragilidades, insucessos, etc., assim como, de afecto sincero para consigo própria e de atenção às próprias necessidades.

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

O conceito de auto-estima;

Os aspectos que contribuem para o desenvolvimento saudável da auto-estima;

As atitudes e os comportamentos que promovem o aumento da auto-estima.

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Compreender que existem diferenças nas formas como as pessoas se percepcionam a si próprias;

Desenvolver atitudes e comportamentos para aumentar a auto-estima;

Rejeitar atitudes e comportamentos de sub e sobrevalorização.

Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Adoptar comportamentos para melhorar a sua auto-estima;

Aquirir características que ajudam a possuir urna auto-estima saudável;

Analisar criticamente aspectos inerentes ao processo de formação da auto-estima.

Conteúdos mínimos

Auto-estima como processo gradual de auto-valorização.

Características importantes para melhorar a auto-estima: apreciar a si mesmo; aceitar os limites, os insucessos; demonstrar afecto sincero para consigo próprio; prestar atenção às próprias necessidades.

Pressões dos pares e dificuldades com o mundo dos adultos.

Bibliografia

BRANDEN, N. Auto-estima: como aprender a gostar de si mesmo. São Paulo: Editora Saraiva, 1992

LÓPEZ, Félix; FUERTES, António. Para comprender a sexualidade. Lisboa: Edição APF, 1999

PEREIRA, M. e FREITAS, F. Educação Sexual: contextos de sexualidade e adolescência. Lisboa: Asa, 2001

STROCCHI, M.C. Auto-estima: se não te amas, quem te amará?. [s.l.]: Paulos, 2003

2º ciclo | Área 1: O Corpo Sexuado Tema 4 : Imagem corporal

Justificação

As mudanças do corpo decorrentes do crescimento rápido que se inicia na puberdade, por vezes, brusco e descoordenado, podem originar situações difíceis, de serem ultrapassada, pelos pré-adolescentes, por se encontrarem ainda muito inseguros em relação à reformulação da sua imagem corporal, que começa a se diferenciar da que tinham na infância. A integração das modificações do "novo" corpo nem sempre é pacifica. Alguns pré-adolescentes aceitam com facilidade a nova imagem corporal mas outros terão muita dificuldade na sua integração, podendo mesmo desenvolver um, processo de negação.

Paralelamente a estas inquietações também começam a surgir oscilações de humor e alguns questionamentos, começando a pôr em dúvida um conjunto de aspectos relacionados com a família e com a escola.

A imagem corporal, ou seja, a representação mental do corpo é um elemento essencial para a construção da identidade sexual e pessoal.

Assim, para ajudar os pré-adolescentes a uma melhor aceitação das mudanças corporais o tratamento deste tema deve contemplar quer a transmissão de conhecimentos sobre as mesmas e as suas respectivas implicações quer a assunção de atitudes positivas e de aceitação por parte dos adultos próximos. Será, também, importante explorar a "estética corporal" decorrente de padrões de beleza que, por meio da comunicação e da publicidade, exercem pressão social, impondo um "ideal estético".

Objectivos pedagógicos

Ao nível dos conhecimentos, contribuir para que cada aluno/a adquira saberes relacionados com:

Os aspectos relacionados com a imagem corporal;

As mudanças corporais e respectivas implicações;

A "estética padrão" e a "estética" saudável.

Ao nível das atitudes/comportamentos, contribuir para que cada aluno/a fique predisposto a:

Compreender que existem diferentes formas de integração da imagem corporal;

Respeitar os outros relativamente às preocupações que tenham com o seu corpo;

Aceitar a existência de diferentes "estéticas corporais".

Ao nível das competências, contribuir para que cada aluno/a seja capaz de:

Adoptar comportamentos para uma adequada integração da sua imagem corporal;

Identificar as pressões sociais relacionadas com a "estética padrão";

Entender as dificuldades e preocupações relacionadas com a aceitação do "novo" corpo.

Conteúdos mínimos

Necessidade de reajustamento da imagem corporal decorrente das mudanças físicas da puberdade

Papel da imagem corporal na identidade sexual e pessoal

Pressões sociais da comunicação e da publicidade relativamente à "estética padrão" e a sua influência junto dos pré-adolescentes

Bibliografia

FRADE, Alice [et al.]. Educação Sexual na Escola. 2ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 1996.

HARRIS, R.H. Vamos falar de sexo. Lisboa: Terramar, 1994

LÓPEZ, Félix; FUERTES, António. Para comprender a sexualidade. Lisboa: Edição APF, 1999.