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sábado, 5 de abril de 2025

Sexualidade e Envelhecimento

Todas as pessoas, independentemente do seu sexo, estado civil ou idade, têm direito a uma sexualidade que as satisfaça não só em termos físicos como também emocionais.

Uma das ideias mais comuns na nossa sociedade é a de que as pessoas idosas não têm vida sexual. Esta ideia, bem como muitas outras sobre a sexualidade nesta fase da vida são falsas. Vejamos algumas delas:
Quando a pessoa envelhece o sexo faz mal à saúde.
Os idosos não têm condições físicas que lhes permitam ter uma actividade sexual.
Os idosos não têm interesses sexuais.

Estas ideias fazem com que, socialmente, não seja esperado que um idoso tenha o desejo de ter relações sexuais e ainda menos que demonstre esse desejo. Chega-se a considerar que é de mau gosto que os idosos assumam os seus interesses sexuais.
Por interiorizarem estas ideias, muitos idosos acabam também por pensar que, devido à sua idade, não têm mais o direito a uma vida sexual.

O envelhecimento não implica o desaparecimento da sexualidade. O que pode existir é uma evolução na maneira de estar e de viver a sexualidade. De facto, ocorrem algumas alterações, lentas e progressivas, no corpo dos homens e das mulheres a partir dos 40 anos de idade que podem afectar a sexualidade à medida que a idade avança. Referimos algumas:

Nas mulheres:
- A vagina diminui de tamanho, torna-se mais estreita e perde elasticidade.
- A lubrificação da vagina torna-se mais lenta e surge em menor quantidade.
- Diminui a intensidade e a frequência das contracções da zona pélvica durante o acto sexual.

Nos homens:
- Diminui a produção e emissão de esperma, embora nunca chegue a desaparecer por completo.
- A erecção é mais lenta, menos firme e necessita de mais estimulação.
- Reduz-se a intensidade das sensações do orgasmo.
- Dá-se um aumento do período refractário, ou seja, do tempo de recuperação necessário entre um orgasmo e o seguinte.

É importante notar que estas alterações não ocorrem nem na mesma altura nem da mesma forma em todas as pessoas. Cada indivíduo tem o seu próprio ritmo e, para alguns, estas mudanças não chegam a ser muito pronunciadas.
Também o modo como cada pessoa vive estas alterações é diferente. Algumas encaram-nas como naturais, enquanto que outras ficam alarmadas e preocupadas, pensando que vão deixar de poder ter relações sexuais.

Uma das razões pelas quais isto acontece é porque existe a ideia de que o sexo se reduz ao coito, ou seja, à penetração do pénis na vagina, o que é uma visão muito limitada da sexualidade. Existem muitas formas de dar e de ter prazer numa relação entre duas pessoas, que não apenas através do coito.
As carícias, os beijos, as massagens, a partilha de intimidade e de afectos são algumas de entre outras possibilidades de explorar o prazer sexual durante a velhice como, aliás, em qualquer outra idade.

A masturbação é também uma forma válida de ter prazer, que pode ser utilizada numa relação a dois, bem como (e principalmente) na ausência de um parceiro sexual.

Alguns tipos de doenças, como sejam a diabetes ou a esclerose múltipla, certos medicamentos, como sejam os utilizados para tratar doenças cardíacas ou para a hipertensão, e intervenções cirúrgicas na zona pélvica, podem provocar dificuldades sexuais.

Na mulher, com a menopausa, ocorrem algumas alterações fisiológicas e hormonais que podem igualmente afectar a actividade sexual.

Para melhor lidar com o impacto destas alterações sobre a sexualidade, nomeadamente no sentido de as minimizar, é de grande importância falar com um técnico de saúde. Além do médico de família, pode-se sempre consultar um ginecologista (para as mulheres), um andrologista (para os homens) ou um sexólogo (para ambos) a fim de obter ajuda para ultrapassar eventuais dificuldades sexuais que possa.

Sexo e desporto

O sexo como acto por si só tem poucos ou nenhuns efeitos na performance competitiva. Não são as relações sexuais que prejudicam a performance, é a falta de sono, as noitadas ou, ironicamente, a própria procura de sexo. Está cientificamente comprovado que o tempo de repouso é essencial a uma boa performance desportiva. Por outro lado e devido à ausência de certezas científicas, a relação entre a abstinência sexual e o desporto de alta competição, é fonte de crendice e discussão.

À semelhança dos mitos criados em volta da sexualidade, muitos foram os argumentos utilizados, ao longo dos séculos, a fim de proibir as relações sexuais antes das competições. Para os gregos sémen era força e vida, devia ser preservado e não desperdiçado. Mais tarde, na época medieval, um herói devia ser abstinente, permanecer puro para conseguir vitórias; a ausência do prazer sexual despertava uma maior agressividade e consequentemente uma melhor performance desportiva.

Mais recentemente foram desenvolvidos alguns estudos relativamente à testosterona, hormona potencial do desempenho atlético, resistência e capacidade física. Sabe-se que os níveis da testosterona diminuem temporariamente após as relações sexuais. Mas será a actividade sexual assim tão corrosiva do equilíbrio calórico? Na realidade, a energia despendida não atinge elevados níveis calóricos e o sexo pode ser uma estratégia anti-stress, um meio de aliviar a pressão característica dos desportos de alta competição.

Estes são alguns dos aspectos físicos desta problemática sendo também necessário ter em consideração os aspectos psicológicos que variam consoante o atleta e a sua maneira de lidar com a própria sexualidade. Quando falamos de futebol ou de qualquer outra prática desportiva de equipa é importante pensar que as vésperas das competições são caracterizadas por uma rotina preparatória que visa fortalecer a unidade em torno da equipa. Se pensarmos exclusivamente na grandiosidade do mundo do futebol e do impacto do jogo e do negócio, conseguimos compreender a exigência de uma excelente forma competitiva a nível individual, mas também em termos de equipa.

Claro que se podem evitar exageros como obrigar contratualmente os jogadores à abstinência. Não se deve punir por lei a prática de um dos actos mais instintivos e naturais, mas também é preciso compreender e respeitar regras e limites. Tal como nos esforçamos por trabalhar em equipa, dividir tarefas, respeitar horários de trabalho, cumprir objectivos, horas de formação, assim como todos assumimos responsabilidades inerentes ao nosso trabalho - o mesmo se espera destes desportistas de alta competição.

A vida sexual faz parte da esfera do privado, da vida pessoal e da gestão que cada um faz dela. Limitar ou proibir será desresponsabilizar os atletas. O treinador terá um papel importante no aconselhamento, mas caberá ao atleta o bom senso na gestão do que é a sua vida privada e de que modo ela interfere na sua vida profissional.

Quando alguém diz "não"...

Viver a sexualidade, partilhar a nossa intimidade com uma pessoa que amamos é algo maravilhoso. É um acto de dádiva mútua, de partilha, no qual nada é imposto.
O interesse sexual não desejado é uma forma de coacção à qual ninguém tem de ceder. Esta coacção pode assumir a forma de observações grosseiras, contactos corporais não desejados, chantagem ou promessas feitas para obter favores sexuais, entre outras acções. Se alguém fizer ou disser algo que te faça sentir pouco à vontade, não tens que "aguentar" e muito menos que ceder à pressão que sentes.

As pessoas que praticam acções que te deixam desconfortável (como tocar-te "sem querer" num transporte público ou dar-te uma palmada no rabo quando te vêem porque te "conhecem desde pequeno(a)") podem ser pessoas que conheces há muito tempo ou que são mais velhas. E esse facto pode fazer-te duvidar, fazendo-te pensar se não será tudo imaginação ou se estás a "ver maldade em tudo". Nestas situações, confia nas tuas sensações: tu melhor que ninguém sabes se o teu espaço íntimo está a ser invadido.

Não deixes que o teu pensamento seja afectado por mitos. Para rebater alguns desses mitos, eis algumas verdades.

1. - Quando uma rapariga (ou um rapaz) é vítima de violação, parte da culpa é da vítima. Ou porque usava uma roupa provocante, ou porque "as pessoas decentes não vão para ali àquela hora" ou porque podiam ter lutado mais...
Nada disso. Toda a violação é uma agressão. As vítimas não querem ser violadas e, frequentemente, os violadores atacam pessoas que sabem ser mais fracas.

2. - Os violadores são desconhecidos que atacam as suas vítimas ao acaso.
Não é bem assim; em cerca de 80% dos casos de violação o violador conhece a vítima e vice-versa. E acontece que a vítima não comunique a agressão por sentir "vergonha" face a um agresso que conhece.

3. - A verdade é que nenhuma vítima sente prazer durante uma violação. A violação é uma experiência humilhante e dolorosa.

Se conheceres alguém que esteja a ser alvo de abuso sexual dá-lhe apoio. Ajuda-o(a) a quebrar a "lei do silêncio" e fá-lo(a) compreender que é possível sair do labirinto de vergonha e medo em que se encontra.

Cancro do colo do útero

Breve estatística
Portugal é dos países da União Europeia o que regista a maior incidência de cancro de colo do útero: cerca de 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 900 novos casos por ano.
Todos os anos morrem mais de 300 mulheres em Portugal com este tipo de cancro.


O que é?
As infecções por Vírus do Papiloma Humano (VPH) são muito comuns - estima-se que mais de 70% das pessoas com uma vida sexual activa contraiam pelo menos uma infecção deste tipo. A esmagadora maioria das infecções é controlada pelo nosso sistema imunitário e é quase inofensiva; mas cerca de 20% das infecções tornam-se crónicas e podem estar na origem de um cancro, sobretudo se associadas a outros factores, como os factores genéticos ou os adquiridos, como o tabagismo.

O VPH é um vírus do qual se conhecem, pelo menos, setenta tipos associados a manifestações clínicas específicas, dos quais mais de vinte podem infectar o aparelho genital. Os vírus do papiloma humano, podem ser de alto ou baixo risco, de acordo com o seu potencial oncogénico (ou seja, a capacidade para dar origem a um tumor).

A infecção, que se transmite, habitualmente, por via sexual, frequentemente não apresenta qualquer sintoma específico e pode desaparecer espontaneamente. Em alguns casos, a infecção é persistente, sendo a principal causa de cancro do colo do útero. Está também associada a outras formas de cancro, como o cancro do canal anal e do pénis.

Estima-se que mais de 99% de todos os casos de cancro do colo do útero estejam associados à infecção por VPH, sendo os subtipos 16 e 18 responsáveis por cerca de 70% destes casos.

A vacina
A inclusão da vacina no Programa Nacional de Vacinação surge com a descoberta de duas vacinas: uma contra os subtipos de VPH 6 e 11 e outra contra os subtipos 16 e 18.
A vacina visa prevenir o cancro do colo do útero e outras doenças provocadas pelo VPH.

Em Outubro de 2008 a vacina começou a ser dada a raparigas com 13 anos de idade (nascidas em 1995). Será realizada uma campanha de "repescagem", entre 2009 e 2011, vacinando as raparigas que completem 17 anos no ano da campanha (ou seja abrangendo as mulheres nascidas em 1992, 1993 e 1994).

No combate ao colo do útero aposta-se também na prevenção secundária, na fase adulta da mulher, através do exame citológico do colo do útero.

Menopausa

Caracterização
Trata-se de um fenómeno fisiológico, logo, absolutamente normal, mas que tem um grande impacto na vida da mulher. As implicações decorrentes deste período da menopausa podem ser maiores ou menores consoante a mulher, o seu prévio estilo de vida, os seus hábitos desportivos, os seus comportamentos alimentares e sexuais, entre outros. A menopausa surge por volta dos cinquenta anos de idade, mas este limite pode variar bastante de mulher para mulher. É antecedida por uns anos ou meses (pró-menopatisa) caracterizados por irregularidades menstruais devidas à falta de ovulações.

Com a redução progressiva do funcionamento das glândulas que são conhecidas como ovários, deixa de haver produção das hormonas femininas, denominados estrogénios e deixa também de se efectuar a libertação mensal de óvulos. Assim, o organismo feminino adapta-se a um novo ambiente hormonal designado hipoestrogenismo que se caracteriza por uma descida acentuada dos níveis de estrogénio no corpo. Importa referir que esta situação pode ocorrer mesmo antes do período de menopausa, nos casos de aparecimento de doenças que também acarretam o hipoestrogenismo. Se, na fase da menopausa, houver uma redução rápida e intensa dos estrogénios, é natural que nestas mulheres com doenças haja uma exacerbação dos sintomas da menopausa, que necessitarão de tratamento específico, para alívio dos seus sintomas, ao contrário dos casos em que o hipoestrogenismo se vai instalando lenta e progressivamente (e para o qual o respectivo tratamento só é feito nos casos em que os seus médicos pretendem fazer a prevenção de doenças que surgirão anos mais tarde em consequência do hipoestrogenismo).

Se há várias décadas, as mulheres tinham uma esperança média de vida não muito elevada, com taxas de mortalidade acentuadas, a verdade é que, presentemente, se verifica a situação inversa, ou seja, assiste-se ao envelhecimento global da população, encontrando-se uma percentagem cada vez maior da população feminina em fase pós-menopausa. Actualmente, pode dizer-se que as mulheres viverão cerca de um terço da sua vida em pós-menopausa. Esta realidade faz toda a diferença, não apenas a nível fisiológico, onde os efeitos da privação das hormonas sexuais femininas sobre vários órgãos se fará sentir concretamente, mas também a nível psicológico, social e financeiro. A mulher deparar-se-á com novos problemas relativos a estas áreas, nomeadamente os riscos aumentados de doença cardiovascular, doença óssea e até doença psíquica. Como tal, afiguram-se de extrema importância todos os tratamentos de correcta compensação hormonal que permitirão dar "mais anos às suas vidas e mais vida aos seus anos".


Sintomas
Durante a fase pró-menopatisa os sintomas caracterizam-se por irregularidades menstruais devidas à falta de ovulações. As menstruações abundantes podem traduzir a presença de anomalias do útero e que constituem um risco para doenças graves se não forem corrigidas, quer do útero quer da mama. Já na pós-menopausa surgem outros sintomas devido à falta de hormonas femininas (por serem diferentes causam, por vezes, dificuldades de diagnóstico para quem não esteja familiarizado com este problema). São frequentes os afrontamentos, os calores súbitos, as dores de cabeça, as insónias, o humor depressivo, a irritabilidade, a secura da vagina, as dificuldades sexuais, a incontinência urinária, o aumento de peso, a modificação da pele e do cabelo, as dores ósseas e articulares. Há, ainda, tendência para o aumento de pressão arterial, para a subida de colesterol e, por vezes, para o aparecimento de dores pré-cordiais e alterações no electrocardiograma.

Sistematizando, são estes os sintomas e sinais mais comuns da menopausa:
- Paragem das menstruações
- Aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, artralgias, dores ósseas
- Afrontamentos, calores súbitos, sudação, cefaleias (sintomas vasomotores)
- Humor depressivo, insónias, irritabilidade (sintomas psíquicos)
- Incontinência urinária, secura da vagina, dificuldades sexuais (sintomas urogenitais)
- Aumento da pressão arterial e do colesterol, pré-cordialgias, alterações no E.C.G. (sintomas cardiovasculares)

Como tal, sempre que não haja contra-indicação, deverá proceder-se à substituição hormonal. A partir da década de cinquenta, foi desenvolvida uma terapia de substituição hormonal (TSH), usando apenas estrogénios, ou com progesterona, para colmatar os efeitos da menopausa. A realização desta terapia, a longo prazo, tem sido associada ao aumento de incidência do cancro do útero e à formação de coágulos nos vasos sanguíneos, mas formulações recentes, que usam estrogénios naturais, não têm sido associadas a estes efeitos secundários. Sem uma terapia de substituição hormonal existe um aumento do risco de aparecimento da osteoporose (adelgaçamento e fragilização dos ossos), o que pode levar a fracturas ósseas, muitas vezes fatais no caso de mulheres de idade avançada.

Alerta-se para o facto de nunca se dever iniciar um tratamento sem que se conheçam os resultados de uma mamografia, de uma ecografia ginecológica, de análises bioquímicas, ou de uma citologia cervico-vaginal (Papanicolau).

Eis uma lista de exames a efectuar antes de iniciar a Terapêutica Hormonal de Substituição:
- Exame ginecológico com citologia cervico-vaginal (Papanicolau)
- Mamografia
- Ecografia ginecológica
- Perfil lipídico
- Densitometria

De salientar que existem situações em que os tratamentos de substituição hormonal são contra-indicados. É o caso da presença de cancro da mama e do útero (adenocarcinomas), dos sangramentos vaginais de causa desconhecida, dos acidentes trombo-embólicos, em fase aguda, das doenças graves do fígado, e dos nódulos da mama de natureza não esclarecida.


Tratamento
Cada caso tem de ser estudado criteriosamente, de modo a escolher-se o melhor tipo de hormonas a utilizar, a dose recomendada e a melhor via da sua administração. Durante o tratamento é indispensável verificar se se obtém a desejada eficácia clínica e se há normalização dos factores de risco ósseo e cardiovascular. Por isso, nas mulheres que possuem útero devem utilizar-se sempre as duas hormonas femininas: os estrogénios e a progesterona, administrados em combinação diária ou sequencialmente (no primeiro caso, não surgem sangramentos; no segundo, há "menstruações" mensais).
No caso das mulheres que já não possuem útero deverão utilizar-se apenas os estrogénios.
É necessário tomar o equivalente a 1 grama de cálcio por dia (contido em 1 litro de leite). É altamente recomendada a prática de exercício físico regular bem como uma alimentação equilibrada e com muitas fibras (vegetais, cereais). Saliente-se que o recurso a antidepressivos e tranquilizantes é muito raro, ainda que pareça ser muito indicado o seu uso.

As interessadas poderão ter Consultas de Menopausa um pouco por todo o País, nomeadamente:
- Hospital Garcia da Orta (Almada)
- Hospital Fernando Fonseca (Amadora)
- Hospital Distrito de Aveiro (Aveiro)
- Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro)
- Hospital de São Marcos (Braga)
- Hospital Distrito de Cascais (Cascais)
- Hospitais da Universidade de Coimbra (Coimbra)
- Maternidade Bissaya Barreto (Coimbra)
- Hospital do Espírito Santo (Évora)
- Hospital Distrital de Faro (Faro)
- Hospital da Senhora da Oliveira (Guimarães)
- Hospital Sousa Martins (Guarda)
- Hospital D. Estefânia (Lisboa)
- Hospital Egas Moniz (Lisboa)
- Hospital de Santa Maria (Lisboa)
- Hospital São Francisco Xavier (Lisboa)
- Maternidade Alfredo Costa (Lisboa)
- Hospital de Ponta Delgada (Ponta Delgada)
- Hospital Dr. José Maria Grande (Portalegre)
- Hospital Hospital de São João (Porto)
- Hospital do Terço (Porto)
- Hospital Geral de Santo António (Porto)
- Hospital P. Hispano (Porto)
- Maternidade Júlio Dinis (Porto)
- Hospital de Santo Tirso (Santo Tirso)
- Hospital de Vila Nova de Gaia (Vila Nova de Gaia)
- Hospital São Teotónio (Viseu)


Curiosidade
O Dia Mundial da Menopausa é assinalado a 18 de Outubro.


Bibliografia:
http://www.spmenopausa.pt/
www.universal.pt

Período: Modos de agir

Algumas mulheres têm dores durante o período. Outras não sentem nada. Embora possa haver nisto uma componente psicológica, está provado clinicamente que o desconforto físico e as dores menstruais - que se designam por dismenorreia primária - têm uma origem fisiológica normal mais uma vez relacionada com hormonas: as prostaglandinas. Produzidas pelo próprio endométrio e aí acumuladas antes de se iniciar o período, vão sendo absorvidas pelos músculos uterinos que se contraem para expulsar o fluxo menstrual, provocando as tais sensações dolorosas, a nível do abdómen. O efeito das prostaglandinas no organismo pode, além destas contracções uterinas mais ou menos dolorosas, provocar nalgumas pessoas, diarreia, vómitos, dores de cabeça e mau estar geral.

A tensão pré-menstrual (designada TPM por muitos) refere-se a sensações de inchaço, de seios doridos, ao aparecimento de borbulhas, a irritabilidade, ansiedade e nervosismo que também algumas jovens e mulheres começam a ter cerca duma semana antes de se iniciar o período. Médicos e cientistas apontam como causa a variação nos níveis de estrogéneo e progesterona que acontecem nesta fase do ciclo.

Há contudo pessoas que podem ter dores provocadas por problemas ginecológicos – a chamada dismenorreia secundária - não sendo esta habitualmente a origem das que acontecem nas jovens.
Para aliviar este desconforto, existem várias alternativas:

Tomar um analgésico especifico para a dismenorreia. Não se deve tomar qualquer analgésico sem pedir conselho ao médico ou ao farmacêutico.

Fazer exercício físico, pois este ajuda à produção de endorfinas, neutralizador natural das dores.

Tomar um banho morno relaxante, ou colocar um saco de água quente na barriga, o qual ajuda ao relaxamento muscular.

Fazer uma auto-massagem suave no abdómen.

Comer menos sal e beber mais água, o que diminui a retenção de líquidos nos tecidos e o desagradável inchaço.

Procurar fazer uma vida normal, não (sobre)valorizando as dores e o desconforto.

Masturbação

A masturbação é o acto de acariciar, tocar e estimular partes do corpo, com o objectivo de proporcionar prazer. É um acto que pode ser praticado isoladamente ou pelo casal, uma vez que é considerada uma das melhores formas de auto-conhecimento sexual.
Quem pratica a masturbação consegue, assim, saber e conhecer melhor as zonas do seu corpo (erógenas) — para além das genitais —que lhe proporcionam maior prazer, podendo contribuir para uma vida sexual mais gratificante. Para além do toque aquando da masturbação, as fantasias sexuais individuais accionam a excitação e o prazer momentâneo.

A masturbação pode ser praticada por pessoas de ambos os sexos e não acontece apenas na adolescência. Faz parte da sexualidade humana, ao longo da vida, embora possa ser mais frequente nesta fase, que está associada à descoberta do corpo.

Não existe nenhum estudo científico que demonstre que a masturbação causa problemas de saúde ou alterações/reacções físicas, como o crescimento anormal de pêlos, impotência, aparecimento de borbulhas, perda da virgindade, aumento de peso ou, ainda, que cause infertilidade, entre outros.

As referências a estas alterações físicas hipoteticamente decorrentes da masturbação são consideradas pela comunidade médica como sendo mitos sociais sustentados pela ideia de que a actividade sexual do ser humano deve ter como objectivo final a reprodução, em detrimento do prazer físico e psicológico. Mas os mitos não passam disso mesmo.

É importante esclarecer que a masturbação não faz mal à saúde. É uma simples e natural prática sexual, em que se explora e descobre o próprio corpo em busca de prazer. Só poderá ser considerada prejudicial quando altera a rotina diária do indivíduo, em que este se refugia na masturbação, evitando sociabilizar, por pensar que é mais fácil e simples do que procurar a companhia e o relacionamento com outras pessoas. Nesta perspectiva, é importante gostarmos do que vemos quando nos olhamos ao espelho e a masturbação faz parte dessa descoberta, de nós próprios e dos outros.
Segundo a Declaração dos Direitos Sexuais, “a sexualidade é uma parte integral da personalidade de todo o ser humano. O desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas, tais como desejo de contacto, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor”.

Andropausa

Durante a andropausa regista-se no homem uma descida nos níveis de testoterona (hormona sexual masculina, segregada pelos testículos), à semelhança do que sucede com a descida dos níveis de estrogénios (hormonas sexuais femininas produzidas nos ovários) da mulher durante a menopausa.

No entanto, se na mulher este ciclo é marcado pelo fim da menstruação, no homem não existe um marco claro que assinale a transição. As mudanças ao nível físico ocorrem gradualmente e podem ser acompanhadas por mudanças na atitude e na disposição, fadiga, bem como perda de energia, de desejo sexual e de agilidade física.

Com a diminuição da testosterona diminuem também as acções que a hormona exerce sobre os tecidos do corpo, em especial nos órgão genitais e a nível cerebral, o que se reflecte a nível psicológico e corporal. A acção da hormona influencia também a densidade capilar, a massa gorda, as células sanguíneas e os ossos.

A investigação tem demonstrado que a diminuição da testosterona está relacionada com problemas como as doenças do coração e a fragilidade dos ossos (a osteoporose, cujo aparecimento também se realaciona com outros factores como a falta de actividade física e o alcoolismo). Estas mudanças ocorrem numa fase da vida em que se questionam as realizações pessoais, familiares, profissionais - e até o "sentido da vida" -, pelo que é difícil avaliar se as mudanças que ocorrem estão relacionadas com a andropausa ou com outas variáveis.

A diminuição da testosterona com a idade é , nos homens, parte do processo de envelhecimento, pelo que existe alguma resistência em identificar a andropausa como um período "real" ou uma condição específica.
A diminuição gradual de hormonas masculinas no homem faz com que alguns especialistas prefiram a utilização da designação hipogonadismo de início tardio, uma das mais usadas, a par com "andropausa".

Regra geral, os sintomas começam a surgir a partir dos quarenta anos, prolongando-se nas décadas seguintes, embora seja difícil de estabelecer uma idade para o seu aparecimento. Refira-se ainda que em cada indivíduo as mudanças podem ser diferentes (muitos homens não admitem sequer que existem mudanças). Além de os sintomas serem vagos e de diferirem de homem para homem, os testes que avaliam a disponibilidade da testosterona são recentes, o que, no passado recente, contribuiu para que este problema fosse pouco diagnosticado e tratado.

O nível de testosterona só é considerado baixo em relação à gama de valores normais em cerca de 13% dos casos. No entanto, análises de sangue mais detalhadas e recentes mostram que a disponibilidade da testosterona decresce em 74% dos casos. A terapia passa por uma reposição dos níveis de testosterona.

A investigação tem vindo a relacionar a deficiência de testosterona com algumas outras doenças, entre as quais a disfunção eréctil, a doença de Alzheimer e a síndroma metabólica (que atinge sobre tudo os homens com mais de quarenta anos e está relacionada com dietas hipercalóricas, obesidade e sedentarismo, caracterizando-se por uma associação de factores de risco para, entre outros, as doenças cardiovasculares ou a diabetes).

Os avanços nos meios de diagnóstico e o aumento da esperança média de vida têm contribuído para uma nova abordagem desta fase tão importante na vida dos homens.

Lendas em torno da pílula


Esquecer-se de tomar a pílula
Se se esquecer de tomar a pílula, siga este procedimento:
Se passaram menos de 12 horas desde a hora em que deveria ter tomado a pílula, tome a pílula de que se esqueceu e tome a pílula seguinte na hora habitual. Não importa se tomar duas pílulas no mesmo dia. E é tudo.
Se já passaram mais de 12 horas desde a hora em que deveria ter tomado a pílula, tome a pílula que “falhou” assim que se apercebe do esquecimento e a próxima à hora prevista. No entanto, deve utilizar outros métodos contraceptivos (como o preservativo durante a semana seguinte).
Se já passaram mais de 24 horas, então deve deitar fora a pílula que esqueceu e também tomar precauções adicionais como, por exemplo, o uso do preservativo durante os próximos sete dias.
Se o esquecimento aconteceu quando já faltavam menos de sete pílulas para acabar a carteira, não faça a pausa habitual dos sete dias e comece uma nova carteira assim que terminar a actual.
Não se preocupe se nesse mês a menstruação não aparecer.

Nota: O risco de engravidar será maior quando as pílulas esquecidas são as do princípio e do fim da carteira. O que não é “desculpa” para ignorar descansadamente as pílulas “do meio”…


Fazer uma pausa e não tomar a pílula
Há alguns anos atrás recomendava-se um período de pausa na tomada da pílula, um procedimento que visava minorar os eventuais efeitos secundários desta. O facto é que, nessa altura, as doses de hormonas que a pílula continha eram relativamente elevadas e não havia estudos (que actualmente já estão publicados) sobre os eventuais efeitos da ingestão da pílula durante longos períodos de tempo.

Actualmente as pílulas têm uma dosagem muito mais baixa, pelo que não é recomendado um período de pausa às mulheres que a tomam excepto, claro, se estas quiserem engravidar ou houver alguma indicação específica por parte do médico assistente.


Os antibióticos anulam o efeito da pílula?
Efectivamente alguns antibióticos reduzem a eficácia da pílula. Outros, com princípios activos como a penicilina ou algumas tetraciclinas, por exemplo, em determinadas circunstâncias, podem diminuir a eficácia da pílula.

Portanto, se tomar e pílula e lhe for receitado um antibiótico, fale com o médico sobre o assunto. Com muitos antibióticos não é possível prever com certeza essa redução de eficácia, pelo que será mais prudente recorrer também a outro método contraceptivo, como o preservativo.
Este segundo método contraceptivo deverá ser mantido até uma semana após a ter terminado a toma do medicamento. Não suspenda a toma da pílula.

Existem outros princípios activos que poderão diminuir a eficácia da pílula, pelo que, se estiver a tomar a pílula, deverá perguntar ao seu médico assistente se os medicamentos prescritos poderão reduzir o efeito da pílula.


A pílula engorda?
Não. Isso era antes. Ou seja, há alguns anos atrás, quando a pílula continha dosagens relativamente elevadas de hormonas registaram-se aumentos de peso. Esse aumento acontecia por duas razões: porque os estrogénios que compunham as pílulas combinadas podem provocar retenção de água (resultando num aumento de peso) e porque os progestagénios (outro componente da pílula) podem provocar um ligeiro aumento de apetite.
Actualmente são receitadas pílulas de baixa dosagem que não têm esse efeito secundário.

Era uma vez o corpo humano - O Nascimento





segunda-feira, 24 de março de 2025

Folheto sobre Migrações Internacionais - Género e Saúde Sexual e Reprodutiva




Folheto sobre Jovens, Saúde Sexual e Reprodutiva e Desenvolvimento


Folheto sobre Igualdade de Género e Direitos das Mulheres


Letra de "Amor e Sexo" de Rita Lee

Rita Lee - "Amor e Sexo"

Rita Lee - "Amor e Sexo"

Anúncios - Campanha contra a homofobia

Anúncio Televisivo sobre SIDA (Moçambique)